terça-feira, 23 de junho de 2015

B..b--bioestatísca seminário

Estou feliz porque consegui me deixar gaguejar. Era uma apresentação de b...b-bioestatística, difícil de mais pro tanto que eu tava me dedicando. A minha turma era composta por gente de vários cursos: veterinária, zootecnia, b. - biologia. Essa diversidade e certas pessoas que estavam nessa turma costumam me deixar gago. Era uma apresentação em dupla, mas minha parceira não dominava nadinha do assunto e tava mais insegura do que eu. Essa minha colega tem p. ---- p picuinhas com uma garota da nossa turma, eu também não gosto dela, é uma garota presumida, mal educada e pior ainda, adora criticar os outros, falar mal, cheia de comentários superficiais. Acredito que a visão de mundo dela está muito equivocada. A presença dela costuma me fazer titubear, porque eu quero me expor e defender outros valores e modos de pensar, mas fico inseguro como se por gaguejar, a minha imagem fosse inferiorizada. Ah, ela também já me remedou algumas vezes.   
Como em outras ocasiões, antes de chegar minha vez eu já tava sssssuando nas mãos e com aquela preocupação. Aí numa determinada altura decidi não dar corda pra nenhum pensamento que tivesse a ver com a fala! A minha colega quis desistir e na hora de apresentar pediu para que o fizéssemos na semana que vem. Não tinha mais o que colocar naquela apresentação, então eu já fui colocando o pen-drive e abrindo o power-point. Bom, a maior parte ia ficar pra mim e era eu que ja ia começar falando. Todo mundo ficou quieto e eu também, então para quebrar o silêncio ela nos apresentou. Minha apresentação foi muito boa, me rendeu um 10. Eu gaguejei, mas não fiz disso o fim do mundo! Quando me alongava num fonema, abria um sorriso. Teve uma hora que demorou um pouco pra sair, e me veio um sentimento de derrota, mas deixei ir embora, me concentrei no  que tinha pra dizer e senti o prazer em me expor e falar alto. Lembrei também do Bruno Torturra, meu herói, e pensei: Vou ser um biólogo gago sim! Foda-se a fala fluocêntrica, ‘accentocentrica’...normativista! Para que os outros a aceitem, devo eu mesmo reconhecê-la.

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