Talvez um dos
maiores desafios pra um gago seja falar em público. Para mostrar que
isso é possível na prática, vos apresento o professor Jorge Luis
Souto Maior. Formado em direito pela Faculdade de Direito do Sul de
Minas, hoje é professor livre docente da Universidade de São Paulo
atuando na área de Direito do Trabalho e Direitos Humanos.
O conheci
através do vídeo de julgamento do Beto Richa realizado pelo curso
de Direito da Universidade Federal do Paraná, indicado pela minha
professora do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência). Quando percebi que ele era gago, fiquei surpreso
com o quão destemido ele é, sem dúvida mais um modelo a seguir.
Nas minhas experiencias no PIBID, estar frente aos alunos era certamente o maior desafio pra mim, especialmente nos momentos que
precisava explicar algo em voz alta para toda a classe. Minha
professora pediu que se não pudéssemos assistir o vídeo na
íntegra, que pelo menos assistíssemos a sua fala, ou seja, quem
bom que eu soube da sua existência. Quando eu escutei ele
gaguejando ali na frente daquela platéia, me perguntei ser eu seria
capaz de fazê-lo um dia. Como no direito, a retórica é muito
valorizada, posso imaginar a pressão que ela deve enfrentar. Acho que ele
maneja bem os momentos em que gagueja, as vezes abre um sorriso,
dá uma pitada de descontração e continua, o que é
uma estratégia boa quando estamos muito pressionados. É importante
não sermos tão sérios e mais compassivos e flexíveis com nós mesmos*.As suas
palestras são exemplos de que há alternativas para sermos bons
oradores!
Alguns vídeos dele no youtube:
Esse é o que eu falei:
Ele fala em 1h 45min e depois retoma a fala no finalzinho do vídeo.
https://www.youtube.com/watch?v=dGcaQvQ8hKk
https://www.youtube.com/watch?v=dGcaQvQ8hKk
*Eu gosto da lição do bambu. Ele consegue enfrentar grandes tempestades e ventanias porque enverga mas não quebra devido a sua flexibilidade. Na vida, é importante termos essa flexibilidade, do contrário, nos assemelhamos a árvores rígidas, passíveis de serem partidas e arremessadas ao chão pelas forças atmosféricas
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